Bioética
Distanásia é a agonia prolongada, é a morte com sofrimento físico ou psicológico do indivíduo lúcido. Morache, 1904.
É a forma de prolongar a vida de modo artificial, sem perspectiva de cura ou melhora, uma vez que nesses casos a morte já é uma sentença e não uma possibilidade.
A distanásia abrange alguns aspectos: o pessoal, o familiar e o social.
No pessoal: o doente que incialmente tinha seu processo de morte prolongado pois idealizava a cura, aos poucos começa a depender completamente de meios artificiais para se manter. E essa prorrogação constante da morte se torna o único elo com a vida.
No aspecto familiar, ocorre uma dualidade psicológica: por um lado o prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro tem-se o sofrimento diante da possibilidade constante da perda.
Além do doloroso ônus financeiro em prol de um objetivo inalcançável.
No aspecto social, ocorre o esgotamento da disponibilidade de recursos mediante uma situação irreversível, que leva ao emprego oneroso dos recursos públicos, em prejuízo de questões mais essenciais para a saúde pública, cujo resultado teria maior abrangência social.
Pode ser muito sutil a diferença entre distanásia e a real intenção do médico de curar o paciente.
Outra situação é distanásia praticada por puro desconhecimento do médico ou receio de oferecer aos pacientes a oportunidade de limitar o tratamento por medo de consequências legais.
Ela é considerada degradante, uma vez que não permite ao paciente uma morte natural e acaba prolongando sua agonia, sendo que não há expectativas de sucesso ou de melhora. Além disso, muitas vezes o paciente nem sabe ao certo que está lhe acontecendo, não tendo o direito de escolher o que deseja. (ortotanasia ou continuar com a distanásia).
Um exemplo disso é a pratica da distanásia de forma inescrupulosa por médicos e clínicas, que visam manter o paciente vivo para aumento de suas receitas. Já que vivo e internado, o paciente é lucrativo para a clínica ou