biotecnologia
1. Fertilização in vitro (FIV)
A fertilização in vitro (FIV) é uma biotecnologia em que todos os processos fisiológicos de maduração folicular, fecundação e desenvolvimento embrionário são obtidos em laboratório (in vitro), fora do corpo animal (LONG et al., 1999). Define-se como a união ou co-cultivo de espermatozóides capacitados e ovócitos maduros de forma que a penetração espermática tenha lugar fora do organismo materno (KOO et al., 2005). Essa técnica é utilizada para estudos relacionados à fecundação, função espermática, maduração de ovócitos, sistemas de capacitação de espermatozóides, mecanismos envolvidos na interação entre gametas e o estudo dos sinais que intervém no processo de desenvolvimento e diferenciação do embrião. Todos esses aspectos de grande importância, tanto nas espécies animais como na humana (COY; ROMAR, 2002; ALMIÑANA et al., 2005).
Para a fertilização dos oócitos, duas condições são essenciais: a completa maturação do oócito e a capacitação do espermatozóide (ou seja, a célula espermática sofre uma série de modificações bioquímicas que possibilitam sua penetração no oócito). A simples descongelação de uma dose de sêmen ou mesmo um ejaculado recém obtido não garante aos espermatozóides a habilidade ou capacidade de fertilizar o oócito. No laboratório, o sêmen criopreservado ou fresco são processados de maneira que sejam obtidos apenas os espermatozóides vivos, livres de impurezas ou fatores indesejáveis. Em seguida, os espermatozóides são avaliados quanto à concentração e motilidade para ajuste da dose inseminante, ou seja, deve haver um número adequado de espermatozóides para a quantidade de oócitos.
A aspiração pode ser feita em animais de diferentes idades: pré-púberes, púberes, adultos e senis; e em condições reprodutivas diversas, tais como: animais com problemas reprodutivos, doadoras que não respondem aos processos hormonais de superovulação, animais gestantes, fêmeas