Biotecnologia no Brasil
A palavra é ouvida em universidades e em programas sobre ciência na televisão, é impressa nos jornais e aparece nas páginas das agências de apoio á pesquisa na internet. Afinal, o que é ‘biotecnologia’ e por que o governo se preocupa em investir nisso? As respostas aqui apresentadas resultam de um simpósio realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no qual foram discutidos os investimentos na área, a escolha dessa carreira para os estudantes de ciências biomédicas, como o Brasil se situa no cenário internacional e os caminhos a trilhar para colocar o país, nas próximas décadas, entre as nações produtoras de tecnologia. Longe de sermos especialistas no assunto, decidimos deixar de ser meros espectadores e colaborar nesse processo. Este foi o primeiro passo.
O termo é relativamente recente e sugere o emprego de tecnologia de ponta, mas desde a Antiguidade os homens utilizam a biotecnologia. Esta pode ser definida como o uso de seres vivos ou seus componentes para gerar produtos, envolvendo diversas áreas do conhecimento científico, como a microbiologia, genética e biologia molecular. A técnica biotecnológica mais remota que pode ser identificada é o uso de leveduras para a produção de vinhos, pães e queijos, por meio da fermentação.
Hoje, porém, os avanços são notáveis: a descoberta das enzimas de restrição, que ‘cortam’ o DNA em locais específicos, e de técnicas para recombinar o material genético, entre outras, permitiram gerar organismos transgênicos, ou seja, com genes de outras espécies. Surgiu aí a ‘biotecnologia moderna’. Os processos biotecnológicos e seus produtos fazem parte, hoje, do nosso dia a dia.