Biotecnologia
José Maria F. J. da Silveira Maria Ester Dal Poz Maria da Graça D. Fonseca Izaías C. Borges Marcelo Francisco Melo
Texto para Discussão. IE/UNICAMP n. 114, fev. 2004.
Evolução recente da biotecnologia no Brasil
José Maria F. J. da Silveira1 Maria Ester Dal Poz2 Maria da Graça D. Fonseca3 Izaías C. Borges4 Marcelo Francisco Melo5
Resumo O presente trabalho procurou evidenciar o estágio atual da biotecnologia brasileira em três níveis importantes, o da pesquisa básica, do investimento público e do investimento nas empresas privadas. Ele está baseado em estudo feito para o Ministério da Ciência e Tecnologia, como subsídio para o Programa de Biotecnologia e Recursos Genéticos. Tem como principal resultado a verificação da existência de um descompasso entre o que se avançou nas instituições públicas e o que existe de negócios em biotecnologia, principalmente no caso da biotecnologia vegetal. A despeito do poder da Embrapa – identificada como organização-chave – a biotecnologia vegetal no Brasil é fraca e acumula alguns fracassos no passado que resultaram na quase total internacionalização das empresas atuantes no país neste campo. No caso do setor de saúde humana, a diversidade é maior, existe não só um número maior de Organizações intermediárias que se articulam às Organizações-chave (Fiocruz e Instituto Ludwig de Pesquisas contra o Câncer – ILPC). Neste caso, a limitação continua sendo a passagem para produtos comercializáveis, principalmente biofármacos, com a capacidade de combinar interesse comercial e objetivos sociais. O trabalho mostra ainda que nos últimos dez anos houve avanços significativos no campo da pesquisa básica e da produção, mas ainda há diversos gargalos que podem comprometer o desenvolvimento futuro de um parque industrial em biotecnologia no país. Palavras-chave: Biotecnologia; Competitividade; Empresas-chave. Abstract The aim of this paper is to analyze the present state of commercial