Pesquisa quanti-qualitativa em administração: uma visão
A administração, enquanto ciência, data do início do século XX. Foi a partir dos estudos de Taylor, um engenheiro norte americano, que ela começou a ser estruturada. Esse período ficou conhecido como o da administração clássica. Em seguida, foi a vez de Fayol propor um modelo cartesiano de organização e de gerenciamento. Esses dois estudiosos marcaram a gênese da, hoje chamada, administração científica. Depois desses passos iniciais,muitos pesquisadores começaram a investigar o mundo organizacional e as correlações de diversas variáveis pertinentes a esse meio. As mudanças sociais radicais, iniciadas com a revolução industrial, implementaram uma ‘nova era’ na humanidade. O modo da organização, do trabalho, da convivência, do lazer, enfim, o próprio comportamento humano como um todo, foi se adequando aos cenários emergentes. Um fato é que as empresas foram cada vez mais ocupando espaço na vida das pessoas. É importante perceber que nem toda pesquisa é científica, ou pelos menos, nem toda pesquisa possui fins científicos. Como afirmam Barros e Lehfeld (2003, p. 30) a pesquisa científica “É a exploração, é a inquirição e é o procedimento sistemático e intensivo que têm por objetivo descobrir, explicar e compreender os fatos que estão inseridos ou que compõem uma determinada realidade”. Pode-se ver que a pesquisa científica exige um certo grau de formalidade. Há alguns pré-requisitos que devem ser observados para que a credencie como tal. Os métodos quantitativos de pesquisa se baseiam no paradigma positivista, onde a racionalidade reina de forma absoluta. Dentre os grandes nomes dessa abordagem funcionalista se pode situar temporalmente três grandes autores, Demócrito, Descartes e Newton. Esses cientistas contribuíram de forma decisiva para que o pensamento científico alcançasse um elevado grau de linearidade. O propósito maior de uma pesquisa positivista é,