Bioisosterismo
I- INTRODUÇÃO A necessidade de novas substâncias terapêuticas mais eficazes, com baixa toxicidade e maior especificidade, tem levado pesquisadores a intensificar os estudos para a descoberta de novos fármacos. O desenvolvimento da síntese orgânica moderna tem proporcionado um aumento de substâncias sintéticas para uso medicinal, que têm sido empregadas no combate a diferentes enfermidades. Dentre os métodos de obtenção de novos fármacos, modificação ou variação molecular, utiliza-se principalmente o conceito de bioisosterismo. Com a aplicação de bioisosterismo pode-se analisar a influência da modificação de um átomo ou de um grupo de átomos por seu bioisóstero sobre a atividade biológica que o fármaco original apresenta, podendo ser de ação idêntica ou mesmo antagônica. É comum a confusão entre os conceitos de substituição isostérica e bioisosterismo. Os conceitos estão relacionados, mas não são a mesma coisa. Substituição isostérica é a troca de um grupamento por outro com configurações estéricas e eletrônicas semelhantes. Isso significa que a grande maioria dos isósteros possui volume molecular, número de átomos e disposição eletrônica semelhante. Bioisosterismo é, na verdade, uma substituição isostérica em que se busca um melhoramento das propriedades do fármaco no qual se está realizando os experimentos de modificação molecular. A vantagem desse processo seria em poder-se obter um fármaco com a mesma ação terapêutica, contudo com mais intensa, com menos efeitos colaterais, menor toxicidade, maior estabilidade e outras modificações benéficas.
II- DESENVOLVIMENTO
Atualmente o conceito de bioisosterismo é aplicado extensivamente no planejamento de novos fármacos, incluindo o emprego de técnicas computacionais. Esta ferramenta utilizada pelos químicos medicinais para a modificação racional de um composto protótipo visa à melhora da afinidade, a eficácia e especificidade, a melhora da qualidade farmacocinética e a variação das propriedades