Biodiversidade e Conferências Ambientais
Isso propicia um complexo conjunto de ecossistemas e uma significativa diversificação da fauna e flora, que fazem com que o país possua a maior riqueza biológica do mundo, abrigando entre 10 a 20% das 1,5 milhões de espécies já catalogadas.
A biodiversidade pode contribuir de forma significativa para a agricultura, a pecuária, a extração florestal e a pesca. No entanto, quase todas as espécies exploradas economicamente, seja vegetal, como a soja e o café, seja animal, como o frango, são originárias de outros países, e sua exploração é feita de forma freqüentemente danosa ao meio-ambiente. Já o aproveitamento econômico de espécies nativas ainda engatinha. Para o PIB brasileiro, o setor florestal representa pouco mais de 1% e a pesca, 0,4%. A pequena participação das espécies nativas na economia tem, entre suas causas, a falta de políticas e investimentos tanto para a pesquisa básica como para o desenvolvimento de produtos. Na falta disso, não há como calcular quanto o Brasil poderia receber por patentes e tecnologias desenvolvidas com o estudo de sua biodiversidade – algo que, segundo alguns especialistas, estaria na casa dos trilhões de dólares. Um único medicamento para o controle da hipertensão, desenvolvido com o veneno de jararaca, espécie brasileira, renderia cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano ao laboratório estrangeiro que o patenteou, um valor comparável às exportações nacionais de carne bovina e suína somadas.
Segundo a Fundação IBGE, existem no Brasil, 12 diferentes regiões fitoecológicas e subdividida em diversas classes de vegetação. Logo, as florestas cobrem 4,3 milhões de Km², correspondendo a 51% do território, divididas em dois subgrupos as ombrófilas (muito úmidas) e as estacionárias (decíduas e