bibliografia de Gustave Coubert
Sua obra, o ‘Enterro em Ornans’ leva seu afastamento, definitivo, do romantismo, do qual foi participante em sua juventude. Esta obra foi exibida no Salão de 1850 e foi considerada como um marco inaugural do realismo nas artes plásticas, mostrando um evento do cotidiano; levou um funeral para a tela de uma forma objetiva.
O realismo teve muitas adesões de críticos e pensadores, como o escritor Champfleury e o poeta Charles Baudelaire. Este grupo de realistas encontravam-se para beber, defender o realismo na pintura, apoiar o socialismo na política e criticar os românticos e monarquistas, até altas horas da madrugada.
Courbet, estudou, a princípio, em Besançon, só se mudando para Paris em 1839. Mas de origem rural, lutava para não voltar à terra. Rejeitou a pintura acadêmica da École des Beaux-Arts de Paris, preferindo sua independência, assistindo aulas fora do academismo.
Aprendeu muito pelas imitações de pintores naturalistas do séc XVII, como Caravaggio e Velázques. Suas primeiras pinturas são auto-retratos, ainda na tradição romântica.
Não levou muito para retratar com maestria a realidade do cotidiano. Esta sua postura atrapalhou um pouco sua valorização no mundo das artes, ainda cativada pela arte idealizada embora sua obra ‘O homem desesperado’ / 1843, tenha sido bem aceita no Salão de Paris, quando tinha 25 anos.
Suas grandes telas, que expôs no Salão de 1850 são o Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras. Neste período firmou-se na escola realista.
A cena do funeral causou grande impacto pela crueza e feiúra deliberadas, mas também elogiada pelo seu grande naturalismo.
Courbet tinha uma personalidade nada convencional e a expressou com grande força em 1855, quando insatisfeito pelo espaço que lhe fora concedido na