análise da obra A origem do mundo
Professor Marco Antônio Silveira
Disciplina: Seminário em história da arte III
Aluno: Mark de Soldi Matzner Matrícula: 12.2.3628
Introdução
Pretendo aqui analisar a pintura de Gustave Coubert, L’Orinige Du Monde (A Origem do Mundo em português), em seus aspectos iconográficos e iconológicos, suas condições de produção, circulação e consumo, sua materialidade, e os seus usos sociais. Mais que isso, trabalhar com a nova tendência da qual Coubert foi um dos pioneiros, a nova erotização da arte e o papel dela em chocar observadores, que serão especificados adiante.
Ao olhar para a obra, fica bem clara a referência que o autor faz entre ela e o seu nome. Coubert escolhe um enquadramento que exibe pernas abertas, mostrando sem nenhum pudor, um sexo feminino. Logo se entende a qual parte do quadro o nome quer remeter quem o vê. Contudo, quando se junta o quadro ao seu nome fica uma dúvida: O que será que o autor quer remeter ao observador? A representação do corpo da mulher foi feita, com uma sensualidade extraordinária. A posição com as pernas abertas, a ausência de pudor, desconstrói de certa maneira, a figura da mulher da época: contida e reservada, que jamais se exibiria dessa forma para a sociedade1. Num aspecto paradoxal, ao mesmo tempo em que algumas mulheres não se sentiam representadas, outras, não tiveram problemas em captar uma outra mensagem de Coubert e entender outro sentido artístico da pintura: pensando em um paralelo entre a imagem e o nome dela, pode-se inferir que Coubert queria remeter à figura materna e ser enfático ao nascimento, situar talvez o homem num mundo físico distante da igreja que mostra que homens nascem de homens, antes de serem batizados, num sentido de relembrar os homens de onde eles vieram.
Contextualização da obra e do autor. Gustave Courbet foi um dos vanguardistas franceses realistas do século XIX. Se manteve a margem das disputas entre a burguesia e o resto da população que não era