benjamim
ÓLOGO
Qu ando Ma rx empreendeu a análise do m odo d e p rodução c apital ista, este modo d e produ ção estava ainda nos seu s pri mórdios. Ma rx. O rientou a sua análise de tal fo r ma que ela adquiriu um valor de p rog nóstico.
Recuou
até às r elações f undamen tais da produç ão capital ista e apr esentou-as de f orma tal que elas expl ici taram a quilo que, de f uturo, se pode ria espe rar do capitalis mo .
Ficou
explíc it o que dele se ria d e espe rar, não % ó uma exploração cr escentemen te ag ra vada do p roletariado, como també m, po r fim, a criação de condições que to mariam possível a s ua próp ria abolição.
A
transfo rmação d a supe rstrutura, qu e deco rre mu ito ma is lentamen te do que a da infra
-
estrutura, nec essitou de ma is de meio s éculo p ara tomar válida a alteração da s condições de produç ão, em todos os dom ínios d a cultura. Só hoj e se pode indicar sob que f orma isso suced eu.
A
e ssas indicações colocam- se certas exigências de pro gnó stico.
Ma
s e stas exigências co rrespond em menos a teses sob re a a rte do p roletariado depois da to mada de poder, par a não falar da sociedade sem classes, do qu e a teses sobre as tendências de evolução da arte, sob a s condições de p rodução actuais. A su a dialéct ica nota-s e tanto na supe rstrutura como n a econom ia. Por e ssa razão se ria e rrado s ubesti mar o valor de luta de tais tese s.
Eli
mi na m alg uns conceitos tradicionais
–
como a criatividade, a ge nialidade, o valor eterno e o sec reto
–
c onceitos cu ja aplicação descontrolada (e a ctual men te dificil me nte c ontrolável) conduz ao tratamen to de ma terial factual num sentido fa