Barão do Rio Branco - Entre a Europa e os EUA
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No período de 1902 a 1912 tem-se à frente da política externa brasileira José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Assumindo em um período em que o Brasil encontrava-se “isolado” na América do Sul e perdendo gradativamente prestígio diplomático e militar, Rio Branco busca contornar a situação. Diante disso, pode-se pautar a diplomacia do Barão sobre principais aspectos: a adoção de um americanismo pragmático , a garantia da soberania brasileira, a restauração do prestígio internacional do país, a busca de uma supremacia compatilhada na zona sul-americana, assim como a resolução das questões fronteiriças pendentes. Antes de abordar especificamente o tema, é importante entender o contexto histório da época. Internamente, o Brasil havia passado por grandes mudanças. De um regime Monárquico, passou a um Republicano. A preponderância política dos grandes latifundiários, cafeicultores aumentara, assim como de outras parcelas da população. A instabilidade política foi evidente nos primeiros anos na transição do século XIX para o XX, tendo como fato marcante a Revolta da Armada, que colocou em riscos a própria capital brasileira. Ademais, os resquícios dos ideários monarquistas criavam embates políticos constantes. No âmbito externo, por sua vez, o cenário era o de uma corrida imperialista das potências europeias, que durante do século XIX , e ainda no século XX, buscaram expandir-se aos demais continentes, levando, segundo eles, o “fardo” civilizatório aos povos “primitivos”. A corrida por territórios no “além mar” era pautada por uma busca de matérias-prima, metais preciosos, além de novos mercados consumidores. Os territórios explorados no continente africano e na Ásia esatavam chegando ao limite. No mesmo período, todavia, uma infante potência, os EUA, já inseriam-se no cenário da política internacional, mostrando suas “garras” e demonstrando explicitamente que o continente Americano era a sua área de principal influência, através