Banalidade do mal
Este título foi baseado em um trecho da música “Diário de um detento”, contida no álbum “Sobrevivendo no inferno” do grupo rap, Racionais Mc´s. Esta faz um relato sobre o Massacre do Carandiru, em que pelos dados oficiais, 111 presidiários foram assassinados pela tropa de choque depois de fracassadas tentativas de conter o tumulto. Além de ser comum escutar notícias sobre rebeliões nas penitenciarias paulistas a partir da segunda metade do século XX, o que mais incomoda é a indiferença ou conivência das pessoas, que estão mais preocupados com o episodio de novela e resultados da rodada do campeonato de futebol ou dando apoio ao comportamento repressivo do Estado através da policia militar, alegando que são marginais e criminosos que devem ser exterminados para o bem de toda sociedade. Os próprios Direitos Humanos que representam uma das maiores, talvez a maior, conquista da humanidade, passou a ser questionado e condenado com o argumento de estar defendendo somente aqueles que prejudicam as pessoas de bem.
No mundo contemporâneo ocorrem apoio a repressão e extermínio policial e outras atrocidades que ferem a democracia e os próprios Direitos Humanos em nome de uma falsa segurança. O nazismo e Eichmann foram derrotados e condenados, mas quando ocorrem episódios como estes, faz com que o trocadilho utilizado pelos Racionais Mc´s se encaixe perfeitamente para a humanidade do século XXI “Adolf Hitler sorri no inferno”. Principalmente após a Segunda Guerra Mundial, a banalidade do mal se espalhou pelo mundo, que mesmo se espantando e se indignando com os extermínios de milhares de seres humanos pelos nazistas em meio à indiferença do povo alemão, volta a presenciar na última década do século XX e primeira do século XXI uma banalização do mal através das guerras religiosas, terrorismo, subculturas, miséria entre outras.
Além de ser