BALZAC, Honoré, Tratado da Vida Elegante
BALZAC, Honoré, Tratado da Vida Elegante, São Paulo: Estação Liberdade, 2009.
Honoré de Balzac foi um célebre escritor francês. Nasceu na cidade de Tours em 20 de maio de 1799 e morreu em 18 de agosto de 1850. Foi um dos mais importantes escritores do romantismo francês, embora tenha se formado advogado. Tem como principais obras: Goriot (1834), Eugénie Grandet (1833), Cousin Bette (1846), A Busca do Absoluto (1834) e Ilusões perdidas (1837-1843).
O texto em sua introdução traz a divisão das classes sociais, Balzac retrata os costumes da sociedade francesa no século 19, dividindo o homem em três categorias: o homem que trabalha, o que pensa e o homem que nada faz, estes expressam os três gêneros de vida: vida ocupada, vida de artista e vida elegante, respectivamente.
Sobre o homem que trabalha abdica de todo um destino Balzac discorre que este se torna um meio, são ‘’carrinhos de mão’’, uma vez que apenas seus trabalhos são dignos de admiração, não tendo nada de característica individual.
Ao discorrer sobre o homem que pensa, Honoré cita que o artista é uma exceção, o seu ócio, são considerados indomáveis e tem tudo ao seu gosto, não precisando ter uma elegância, eles impõem suas próprias regras.
A vida do homem que nada faz, é aquela em que a aparência vale mais do que o trabalho em si, o homem deve ser elegante por natureza. A vida elegante é uma imobilidade social, onde o homem preocupa-se apenas em distinguir-se.
Balzac defende a superioridade moral, a vida elegante é a natureza aperfeiçoada, o homem nasce elegante, ser elegante é orgulhar-se da fortuna, sentir-se superior. Os princípios os quais se conduzem e as pessoas que tem talento, poder e dinheiro não se assemelharão jamais aos da vida vulgar.
Comparando-se a doutrina de Saint-Simon, a vida elegante é considerada o maior mal da sociedade, uma grande fortuna é um roubo, Simon acreditava em uma sociedade