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Os quebradores de pedra (1850), de Gustave Coubert.
Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas se empenharam em retratar o homem e a sociedade em conjunto. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida, como haviam feito os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do casamento por interesse, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo, da impotência do ser humano comum diante dos poderosos.
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Arrufos (1887), de Belmiro Barbosa de Almeida.
O quadro demonstra o preocupação dos artistas da época do Realismo em retratar a vida conjugal e a condição da mulher no casamento. No quadro, a posição da mulher - sentada no chão e de costas para o marido - e a rosa caída no chão se compõem ao ar de superioridade do marido, sentado no sofá, num plano acima da esposa. O que teria levado o casal à briga? Quem teria levado a pior?
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Vaso chinês, dinastia Qing - Museu Britânico.
A arte sobre a arte. Distanciados dos problemas sociais, alguns parnasianos dedicaram-se a tematizar em seus poemas a própria arte. Por exemplo, descrevem com precisão obras de arte, como vasos, peças de escultura, lápides tumulares, bordados, etc. Com esse procedimento, restringiram ainda mais o princípio da arte pela arte, que se transformou em arte sobre arte.
Na segunda metade do século XIX, a literatura européia buscou novas formas de expressão, sintonizadas com as mudanças que ocorriam em diferentes setores: filosófico, científico, político, econômico e cultural. A renovação na literatura manifestou-se na forma de três movimentos literários distintos na França: o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo. O realismo teve início com a publicação de Madame de Bovary (1857), de Gustave Flaubert; o Naturalismo, com a publicação deThérèse Raquim, de Émile Zola; e o Parnasianismo, com a