Balanced Scorecard
O Balanced Scorecard surgiu de um estudo que vinha sendo realizado por Robert Kaplan e David Norton desde 1990 no Instituto Nolan Norton e que foi publicado em 1992 na revista Harvard Business, sob o título: Measuring Perfomance in the Organizacion of the Future (Medindo Desempenho na Organização do Futuro); porém, a publicação deste estudo foi uma resposta a um movimento bem mais antigo.
Por volta dos anos 80 os tradicionais métodos de análise e avaliação de desempenho das empresas, baseados principalmente em indicadores financeiros, começaram a ser questionados. O que se viu foi uma descrença na capacidade desses indicadores de retratar adequadamente o desempenho organizacional, devido em parte ao fato de os indicadores financeiros fornecerem apenas um retrato estático de decisões passadas, mas, sobretudo, por não haver uma integração clara entre estes indicadores e as estratégias da empresa.
Com isso começaram a surgir iniciativas que buscavam formas eficientes de gerir também os aspectos não-financeiros da atividade empresarial, como participação de mercado, relacionamento com o cliente, qualidade do produto, capacidade de inovação e diversos outros. Entre estas iniciativas merecem destaque a da “qualidade” que ganhou força ainda na década de 80 e, voltando alguns anos, a da empresa General Eletric que na década de 50 já utilizava um sistema de indicadores bastante abrangente que incluía além dos indicadores financeiros, medidas de produtividade, responsabilidade pública, alinhamento entre metas de curto e longo prazo e diversos outros. Devemos lembrar ainda as iniciativas que buscavam aperfeiçoar e destacar a importância da implementação da estratégia nas empresas como oTableau de Bourd usado na França no início do século XX, o Gerenciamento por Objetivos da década de 50 e o Gerenciamento por Diretrizes surgido no Japão na década de 60 (Silva, 2003).
Tudo isso foi motivado pela forte mudança imposta pelo novo modelo de competição, onde