Balanced scorecard
Estudos indicam que o grande desafio das empresas não está na definição da estratégia, e sim na sua execução. Isto ocorre principalmente pela dificuldade em traduzir a estratégia em termos operacionais, o que dificulta sua mensuração e, conseqüentemente, seu gerenciamento, já que não é possível medir o que não se pode descrever, e não é possível gerenciar algo que não é medido.
Outro aspecto que dificulta a efetiva execução de um plano estratégico é o grande enfoque das empresas nos resultados de curto prazo, devido principalmente à forte pressão exercida pelos acionistas.
Uma boa estratégia deve contemplar pontos de curto, médio e longo prazo, já que a priorização apenas de iniciativas e investimentos que gerem retorno no curto prazo, poderia comprometer o crescimento sustentável de uma organização, e, muito provavelmente não aplicaria o que de fato foi definido no planejamento estratégico.
Além deste grande desafio de efetivamente transformar a estratégia em ação, muitos líderes perceberam que focar apenas no resultado final (financeiro), sem gerenciar o caminho para atingi-lo, além de não garantir o cumprimento das metas, fomenta ações desconexas entre si, ou seja, sem alinhamento.
Uma pesquisa conduzida pela Balanced Scorecard Collaborative, aponta que 9 a cada 10 companhias falham na implementação da estratégia, e resume em 4 grandes barreiras as principais razões para isto, conforme descrito na figura abaixo:
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Refletindo sobre todas estas dificuldades, os doutores Robert Kaplan e David Norton iniciaram no princípio da década de 90 um estudo conjunto com algumas empresas, com a finalidade de desenvolver um novo modelo de medição de performance, o que culminou com a criação do Balanced Scorecard (BSC).
A idéia inicial deste estudo era cobrir as deficiências da gestão baseada unicamente em métricas contábeis e financeiras, através de um sistema de indicadores balanceados distribuídos em quatro perspectivas: