Baixa autoestima na escola
"Encontramos uma linearidade entre a baixa auto-estima e o desempenho escolar fraco e uma boa auto-estima e desempenho escolar adequado". Este foi o principal resultado da pesquisa feita pela dupla de estudantes da Fundação Liberato, Alexandre Spindola e Lidiane Andriolla, da cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Os pesquisadores entrevistaram 133 estudantes de 4ª série do ensino fundamental por meio de questionários e, posteriormente, conversaram mais profundamente com seis alunos, seus professores e pais. "A maneira como eles são tratados apenas reforça a situação em que se encontram. O aluno de alto rendimento recebe elogios como gênio ou inteligente, o que eleva cada vez mais sua auto-estima. Enquanto isso, os que têm mais dificuldade ouvem incentivos como esforçado ou querido", explica Andriolla.
Segundo os pesquisadores, a idéia que julga os alunos de baixo desempenho como não inteligentes ainda é forte. "Já realizamos palestras e os alunos que estavam indo mal acreditavam que não conseguiriam passar de ano e os professores apenas colaboravam para que a situação continuasse a mesma", explica Spindola
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A Auto-estima e Rendimento Escolar na Adolescência
por Priscila de Faria Gaspar - priscilagaspar@terra.com.br
Com freqüência, pais e professores são surpreendidos pela queda abrupta no rendimento escolar dos adolescentes. Uma análise superficial mostraria que o jovem perdeu o interesse nos estudos, ou que o garoto bem comportado de outrora transformou-se em um adolescente rebelde. Porém, ao avaliar de forma mais aprofundada, observa-se que, na maior parte das vezes, tratam-se de problemas relacionados à auto-estima e às adaptações frente às mudanças que ocorrem na adolescência. No momento em que o jovem se depara com maiores responsabilidades e dificuldades em suas escolhas, entram em cena uma série de mecanismos de defesa inconscientes e comportamentos