Bactérias otite
Comunicação
(Communication)
Susceptibilidade a antimicrobianos de bactérias isoladas de otite externa em cães
[Antimicrobial sensitivity of bacteria from otitis externa in dogs]
L.C. Oliveira1*, C.M.O. Medeiros2, I.N.G. Silva2, A.J. Monteiro1, C.A.L. Leite3, C.B.M. Carvalho1
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Universidade Federal do Ceará – Fortaleza, CE Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias – Fortaleza, CE 3 Universidade Federal de Lavras – Lavras, MG
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Otites representam de 8 a 15% dos casos atendidos na prática clínica veterinária no Brasil (Leite, 2000), e a otite externa crônica (OEC) corresponde a até 76,7% dos casos de otopatias em cães (Farias, 2002). Em cerca de 30% dos casos de otite, isolou-se mais de um microrganismo (Muller et al., 1985). Vários estudos enfocaram o isolamento de microrganismos a partir de meato acústico de cães sadios (Junco e Barrasa, 2002) e otopatas (Nobre et al., 2001). Sabe-se que a microbiota normal do conduto auditivo externo canino, constituída por Staphylococcus sp, Bacillus sp e Malassezia pachydermatis, altera-se em otopatas (August, 1993). No cão otopata, o Staphylococcus intermedius é uma das principais bactérias isoladas (Cole et al., 1998; Lilenbaum et al., 2000). Várias espécies de enterobactérias foram isoladas a partir de amostras de exsudato ótico de animais otopatas, com variados padrões de resistência a antimicrobianos (Nobre et al., 2001). Dentre os bacilos Gram-negativos não fermentadores, as diferentes espécies de Pseudomonas são as mais freqüentemente isoladas na OEC (Nobre et al., 2001; Ginel et al., 2002), destacando-se a espécie Pseudomonas aeruginosa. Os perfis de
isolamento e sensibilidade a antimicrobianos dos agentes bacterianos associados com OE canina mostram modificações sazonais e regionais. No Brasil, os dados disponíveis são oriundos da região Sudeste (Silva, 2001) e Sul (Nobre et al., 2001). Considerando a escassez de dados referentes à OE