Ação da PM
Um ano depois de ocupada pelas forças de segurança do Estado e quase três meses após ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a favela da Rocinha começa a pavimentar a sua integração à cidade que a viu crescer em meio a um ambiente conflituoso, sofrendo as sequelas da dominação e da violência do tráfico de drogas.
A ocupação da Rocinha ocorreu em 13 de setembro de 2011, e a UPP foi instalada em 20 de setembro de 2012. Desde então, a maior favela da América Latina — onde vivem cerca de 70 mil pessoas —, além da segurança, passou a receber melhorias de serviços básicos, como água, luz, coleta de lixo e ampliação de projetos sociais.
Já é possível andar livremente na comunidade e apontar os primeiros resultados da pacificação. Um exemplo é o serviço prestado pelos mototaxistas da favela, que, por exigência do comando local da UPP, estão usando coletes de identificação, passaram a respeitar a leis de trânsito e não precisam mais pagar pedágio a traficantes.
Os moradores falam que ainda há muito que fazer pela Rocinha, mas já comemoram o fato de que o local onde vivem com suas famílias não voltará a ser uma página trágica do noticiário policial.
“Eu, como mãe, me sinto muito mais segura de deixar meus filhos na rua, mais livres. Minha filha mesmo adora os policiais. Hoje, as pessoas podem recorrer à UPP se tiverem problemas. Quem ia querer recorrer a um bandido? A gente só espera as muitas melhorias que ainda estão para chegar”, disse Genilda Jesus, de 29 anos.
Para Valdete Dantas, de 35 anos, a chegada da ordem fez toda a diferença na comunidade. “Mudou muito em relação à bagunça, ao barulho, som alto que não era controlado. Antigamente, ninguém conseguia dormir. Hoje, já existe mais respeito. Eu percebo que os próprios moradores já estão começando a ter essa noção de respeito ao próximo. É uma mudança que está vindo de fora, com o Estado, mas com ajuda de dentro também, da própria cultura da comunidade”, avalia.
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