Análise da violência policial na marcha da maconha
Violência policial na Marcha da Maconha em São Paulo será alvo de novo protesto
Mesmo após evento transformar-se em manifestação pela liberdade de expressão, PM reprimiu o ato
Por: Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual
Publicado em 23/05/2011, 18:20
Última atualização às 19:03
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PM dispersa manifestantes com balas de borracha e bombas de efeito moral na Avenida Paulista (Foto: Luis H. Blanco/News Free/Folhapress)
São Paulo – Os organizadores da Marcha da Maconha e outros movimentos sociais planejam nova manifestação no próximo sábado (28), desta vez em repúdio a violência da Polícia Militar (PM) ocorrida no sábado passado (21). Organizadores do evento convocaram convocaram uma reuniã para esta quarta-feira (25), a partir das 19h, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para decidir mais detalhes.
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"O ato de sábado está confirmado, será uma grande festa a favor da liberdade de expressão. Pretendemos unir muitas frentes de São Paulo que têm combatido essa violência desproporcional da PM", diz Marco Magri, integrante do Coletivo Marcha da Maconha de São Paulo.
O Tribunal de Justiça acatou pedido do Ministério Público na noite de sexta-feira (20) e proibiu a realização do ato em favor da descriminalização da maconha. Magri conta que na própria sexta houve uma reunião com o capitão Del Vecchio e o major Félix, do 7º Batalhão da Polícia Militar, sobre a manifestação. Foram definidos parâmetros para o ato, como tratar de liberdade de expressão – novo tema do protesto – e não usar a palavra "maconha" nem qualquer alusão à droga. No sábado, segundo ele, uma nova conversa entre a PM e os organizadores reafirmou o acordo anterior.
Enquanto mais de mil pessoas marchavam pela avenida Paulista, a tropa de choque se posicionou atrás dos manifestantes e iniciou uma ação de dispersão.