Análise: Imagens e pensares sobre filosofia
Como já disse o filósofo, filosofar é assumir-se ignorante. É reconhecer que da vida só se sabe pouco, ou talvez, só se sabe nada. Sócrates foi brilhante quando disse que “só sei, que nada sei”. Faço minhas as suas palavras.
É comum se pensar na filosofia como algo que se leva a lugar nenhum. Confesso que na maioria das vezes a arte de filosofar me confunde tanto que sou obrigada a concordar. De onde veio o mundo? Alguém o criou? Deus o criou? Existe mesmo um Deus? Quem criou
Deus? São perguntas que particularmente não vejo como possam ser respondidas. Nem mesmo o mais brilhante dos cientistas, ou, quem sabe, o mais brilhante dos filósofos, possa me dar essa resposta, pois, por mais plausível que ela seja, provavelmente nunca me darei por satisfeita, sempre haverá um “por quê?”.
Claro, que estou partindo do principio de que tudo foi criado, ou, no mínimo, transformado. Mas talvez não tenha sido assim. Como vou saber? Só me resta filosofar.
Por mais confusa que seja, e sim, eu a julgo confusa, a filosofia nos faz lembrar de coisas simples como a maravilha de respirar. Devo admitir que eu já havia esquecido que respiro, não esquecido de maneira literal, é claro que eu sei que respiro, mas eu havia deixado de me importar. Havia deixado de me importa de que respiro! Foi a filosofia que me fez
“relembrar”.
O que é filosofia? Não sei. Existe a explicação simples e metódica para essa pergunta, mas a filosofia abrange tantas coisas que dar uma explicação simples parece tão perverso quanto dizer que o universo foi criado por Deus, e aceitar isso sem questionar. Afinal, a filosofia é tão grande quanto o universo.
Mas se voltarmos a Sócrates e analisarmos esse meu “não sei”, no mesmo instante me converto em filosofa, afinal, no momento que nego que sei de algo me disponho a aprender, me disponho a aprender a filosofar.
Vanessa Ediandra Campos