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- Um homem conta suas histórias tantas vezes que acaba se tornando suas histórias. E elas continuam depois que o homem morre. Dessa forma, ele se torna imortal.
Há um conflito entre pai e filho aqui. O filho cresceu escutando histórias que seu pai conta sobre seu passado e que são fantásticas demais para serem levadas á sério. Quando era criança eram divertidas, depois de um tempo perderam a graça. Ele agora quer saber a verdade sobre o passado de seu pai, mas a tarefa não é fácil quando se está lidando com um mitômano.
O filho é Will (Billy Crudup), e ele recebe uma ligação dizendo que seu pai está doente, o que o faz voltar para sua antiga casa. Lá ele tenta descobrir a verdade por trás das histórias, seja ela qual for. O filme então se divide entre o velho Edward (Albert Finney) contando as histórias com sua esposa, Sandra (Jessica Lange) e os flashbacks onde o casal é interpretado por Ewan McGregor e Alison Lohman.
Realmente as histórias contadas são inacreditáveis demais. Elas envolvem um lobisomem, um gigante de quatro metros de altura, duas gêmeas siamesas que dividem o mesmo par de pernas e uma cidade que beira a perfeição e todos andam sem sapatos. E no meio de todas essas histórias, há também histórias sobre o porquê dele ter perdido o nascimento de Will e como conheceu o amor da sua vida, Sandra. Apesar dessas duas histórias parecerem mais simples, são tão fantásticas quanto todo o resto.
O filme é dirigido por Tim Burton, que criou para si um estilo pessoal de fazer filmes que é facilmente identificável. No aspecto da direção, o filme também se divide em duas partes: a parte do presente que se apresenta de forma corriqueira e os flashbacks que são mostrados no tal estilo "burtoniano". Aqui se apresentam dois problemas. Um, é que o resultado soa irregular entre os dois tipos de filmagem e fica um pouco estranho em suas transições. O segundo problema é que Burton parece ansioso demais para contar a história do jovem Edward, que é mais