Conhecimento e moral: a força da razão em Kant
Rafael Augusto Palazi
Conhecimento e moral: a força da razão em Kant
Trabalho Extraclasse do 2º ano do Curso de Filosofia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.
Lorena
2011
RESUMO
Immanuel Kant, como filósofo do iluminismo prussiano, encontra-se diante da aporia do contexto do século XVIII, que buscava ser o “século das luzes” e via-se inevitavelmente diante do problema do conhecimento. Desde o início do Renascimento, o ambiente já mudara e a filosofia, que durante mais mil anos se viu sob a ótica religiosa, isto é, de dogmas metafísicos e teológicos, agora busca novas formas de entender o mundo. Juntamente com o problema do conhecimento, Kant faz na Crítica da razão prática a junção de conhecimento a priori com liberdade, que desemboca na moral do dever.
Este artigo tem como finalidade explicitar minimamente o pensamento kantiano sobre o conhecimento e a moral sendo sinônimo de liberdade, ou seja, da razão. Sobre os pilares da razão pura e da razão prática, mostrar como o conhecimento jamais pode exaurir o ser, mas que a práxis, por sua essência dinâmica pode ajudar com sentido e significado, mesmo que ainda permeada pela força da razão em Kant.
Palavras-chave: Kant; conhecimento; vontade; moral; razão pura; razão prática.
Sumário: 1. O conhecimento a priori. 2. A liberdade no ideário Iluminista. 3. A razão prática. 3.1. A vontade e a autonomia. 3.2. Os postulados da razão prática. Conclusão. Referências.
Introdução
Por essência a filosofia sempre está ligada ao processo de como o ser humano conhece. Em um filósofo como Immanuel Kant, devido à sua sistematicidade, a teoria do conhecimento está relacionada com o contexto da razão prática pura, que determina a ação, embora não sejam influenciadas entre si segundo a concepção kantiana. No entanto, simplesmente ao falar de a priori na razão prática, já nos deixa rastros de que a razão teórica não pode exprimir toda a realidade em si e ao mesmo