Avaliação e planejamento
Introdução
Muitos pesquisadores da área de educação mostram a importância de haver uma mudança na concepção de avaliação para não olharmos ou pensarmos que avaliar uma pessoa seja apenas atribuir um conceito ou uma nota, de uma forma indiferente ao seu contexto histórico, à sua experiência de vida, etc. A avaliação começa a ganhar uma pintura nova no meio escolar, de modo que deve abranger não somente o trabalho do aluno, suas respostas numa prova ou durante uma chamada oral, mas essa prática deve estar presente na rotina dos professores e de todos os que circulam neste meio.
Desta maneira, é possível perceber que algumas pessoas envolvidas neste campo, seja como profissionais ou como futuros profissionais, já começam a modificar seu modo de pensar a avaliação e procuram seguir outros rumos para obter o retorno de um trabalho elaborado com esses alunos. Tanto que para essas pessoas torna-se difícil atribuir apenas um conceito a uma atividade de modo tão frio e taxativo.
Contudo, se essa primeira atitude bem mais simples e mais rápida, é ainda muito utilizada nas instituições educacionais surge uma pergunta, que nos leva à reflexão desta prática: por que as notas e os conceitos não são capazes de revelar nada?
A resposta a esta pergunta será desenvolvida ao longo do trabalho, mas já podemos começar a pensar que, se avaliar desta forma não revela nada, por que ainda é tão utilizada? E, acima de tudo, qual seria a melhor maneira de torná-la significativa? A avaliação revela-se insuficiente quando o resultado é apenas uma nota, que retrata o erro ou o acerto, de acordo com as concepções de quem corrigiu aquilo. “Essa concepção, consciente ou inconsciente, transformou-se e sedimentou-se numa prática coletiva angustiante, embora exercida pela maioria” (Hoffmann, p.25). É sobre isso que iremos refletir um pouco ao falar sobre essa prática tão impregnada nos meios educacionais, procurando responder à questão feita anteriormente.