Avaliação mediadora ou formativa?
Jussara Hoffmann
Na prática como profissional de ensino, a aprendizagem significa descobrir a razão das coisas e pressupõe a organização das experiências vividas pelo aluno, numa compreensão progressiva das noções adquiridas. Durante esse processo, o momento avaliativo representa a ação, na qual o educando é incentivado a refletir, a criar hipóteses, a reformular estas últimas (até encontrar uma resposta satisfatória para a questão estudada), através do qual ele parte em busca de um aprofundamento mais rico de seu saber. Essa é a “Avaliação Mediadora”, descrita e proposta por Jussara Hoffmann (1993), cuja metodologia consiste em: fazer uma análise teórica das manifestações surgidas nos alunos em situações de aprendizagem; acompanhar as hipóteses formuladas a respeito dos assuntos estudados; provocar o surgimento de novas hipóteses e reformulação de conceitos, onde estes últimos serão aprofundados ao longo do processo, dando a chance ao aluno de construir gradativamente um saber mais competente na escola e na sociedade. A autora afirma ainda que, a postura do professor é fundamental nesse processo de reversão da situação existente nas escolas, pois sua atitude perante a ação avaliativa contribui bastante para que o aluno desenvolva o gosto de aprender, não para obter notas, mas sim, pelo prazer de saber cada vez mais, para refletir, interpretar, explicar e interagir diante dos fatos e situações em seu favor e em favor da sociedade.
A avaliação mediadora se define, ao confrontar o aprender e o ensinar, tendo em vista que o processo de ensino aprendizagem se completa a partir do diálogo entre quem ensina (o professor) e quem aprende (o aluno) de forma que o aprendizado não se dá apenas com a relação professor falante e aluno ouvinte. Esta relação dialógica entre professor e aluno rompe com figura do professor autoritário, único detentor do saber e leva o discente a participar do processo educativo, expondo suas