O jogo em avaliação
O JOGO DO CONTRÁRIO EM AVALIAÇÃO JUSSARA HOFFMANN, Editora Mediação, 2006 Por Rui Alencar, MILITANTE DA OPOSICÃO ALTERNATIVA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Quando ocorre o debate ou quando se levanta esse problema logo vem à tona questões relacionadas principalmente sobre as precárias e/ou cruéis situações nas salas de aula de todo o país. Isso não é deixado de lado pela autora e não se pode deixar de levar em consideração os desabafos dos professores e também não deixar desconsiderá-los na proposta de reconstrução das práticas avaliativas. É levantado o problema de como se dedicar intensamente a aluno por aluno em situações de 35 a 40 estudantes falantes, barulhentos, curiosos, por vezes agressivos, desinteressados. Em muitas dessas situações acontece o problema da impossibilidade de observar e cuidar de cada um, o olhar vagueia pelo todo abarcando o grupo, na superfície do coletivo e dessa forma desiste-se do envolvimento com cada aluno, será possível avançarmos? Por onde começar? “Há muito a fazer pela aprendizagem de todas as crianças por conta da massificação do ensino, da desvalorização e da falta de formação dos educadores.”. O problema do instrucionismo, do dar conta dos conteúdos, das apostilas, dos inúmeros fazeres e dos compromissos nas escolas, os professores correm atrás do tempo e os estudantes correm atrás dos professores. As aprendizagens ficam para trás. Muitos alunos ficam esquecidos no meio do caminho. Por conta dessa escola preocupada com os conteúdos, com as apostilas, o professor chega onde quer ou onde a escola estabelece que deve chegar, sem ter como saber onde os alunos se encontram de fato, se aprenderem ou não até ali.Assim a escola acaba ficando impedida de buscar, para além da transmissão dos conteúdos. As formas do pensamento, do conhecimento, da percepção, do raciocínio, o exercício da investigação? É importante que se busque um olhar sereno, intenso e dedicado sobre histórias de vida dos alunos e de suas trajetórias individuais de