Avaliação emancipatória
Diante da complexidade da vida moderna, a educação em geral está ligada diretamente ao processo de formação do sujeito. Sendo assim, profissionais da educação, estão cada vez mais atentos aos novos desafios que os indivíduos e os grupos sociais apresentam.
Um ensino de qualidade, que busca formar cidadãos aptos a interferir na realidade para modificá-la, deve também buscar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem a construção de saberes múltiplos, históricos e dinâmicos, pois temos de prepará-los para as complexas condições de trabalho que possuímos hoje e a rapidez da produção e circulação de novos conhecimentos e informações, que têm sido avassaladoras e crescentes.
Pretende-se, com a avaliação, melhorar esse desenvolvimento, aprimorando todos os envolvidos. Os processos educativos não podem ter compromisso com avaliações que pretendem separar os melhores dos menos capazes. Essa não é a tarefa da educação.
Até recentemente, a avaliação era vista como um momento de ajuste de contas pelo desinteresse, indisciplina, falta de estudo. O poder de decisão era do professor; uma avaliação autoritária, que exigia memorização, respostas idênticas àquelas da grade de respostas e o resultado da prova aprovando ou reprovando, ou seja, a avaliação sendo utilizada como um instrumento de seleção e exclusão do aluno.
A etapa da avaliação deve sinalizar os avanços dos alunos, apontar meios para superação das dificuldades, oportunizar a reflexão das práticas na escola. O aluno deve repensar seu erro, reelaborar seu conhecimento, buscando maneiras, alternativas de ação diferentes daquelas determinadas pelo professor ou pela escola. É o momento de analisar todos os envolvidos, apresentando sugestões de como aperfeiçoá-los: alunos, professores, instituição, mundo social, todos devem ser avaliados. Cabe ao professor resgatar as defasagens, perceber a condição de aprendizagem do aluno; ser reflexivo de sua própria prática pedagógica. A avaliação