Trabalhos
INOVAÇÃO E PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO:
UMA RELAÇÃO REGULATÓRIA OU EMANCIPATÓRIA?
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Inovações e projeto político – pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória? Cad. CEDES, v 23, n 61, Campinas, SP. 2003.
A sociedade e o governo buscam uma educação básica e superior de qualidade, além de garantir o acesso e a permanência das crianças, jovens e adultos no âmbito educacional. Diante disso é necessário criar um projeto político – pedagógico comprometido com as múltiplas necessidades sociais e culturais da população.
O grande desafio do sistema educacional público é o de melhorar a qualidade de ensino, onde todos possam aprender mais e melhor, formando cidadãos participativos e conscientes da sociedade em que vivem. Ao se tratar de inovação e projeto político – pedagógico temos sob duas perspectivas: uma ação regulatória ou técnica e uma ação emancipatória ou edificante.
A inovação regulatória ou técnica tem suas bases de estudos sob uma visão conservadora e autoritária, e.g, é um conjunto de atividade que vai gerar um documento pronto e acabado, contendo as principais concepções, orientações curriculares, normas, padrões e todo sistema burocrático da instituição escolar.
É uma inovação que deixa de fora quem inova e os meios de produção coletiva, pois não há uma participação ou debate dos envolvidos como (pai, alunos, professores, conselhos, etc.), e acabam esbarrando nos termos burocráticos que o próprio sistema impõe. Inovar dentro do contexto regulatório é uma maneira de rearticular o sistema educacional sem romper com algo já instituído, dessa forma tem o mesmo sistema só que modificado, e essa uma mudança pode ser temporária ou parcial.
As ações inovadoras têm o intuito de transformá-las em padrões e os gestores em agentes cumpridores das normas, as estratégias dos agentes para inovar são feitas a partir das idéias lançadas por eles e trabalhadas para sua aceitação e prática, resultando em