Autoridade Discursiva na etnografia
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
TÓPICOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS I - ESCRITA E PRODUÇÃO DE TEXTO
A AUTORIDADE DISCURSIVA NA ETNOGRAFIA, TRAVESTI: PROSTITUIÇAO, SEXO, GENÊRO E CULTURA NO BRASIL DE DON KULICK.
RESUMO
Partindo de reflexões a cerca da legitimidade do trabalho de campo, a partir do discurso construído pelo etnógrafo, através da interpretação das culturas, junto a uma preocupação presente no campo da antropologia, acerca das diversas autoridades discursivas ocultas nas etnografias, a obra de Don Kulick, Travesti: Prostituição, Sexo, Gênero e Cultura no Brasil, ilustra de maneira significante em seus diálogos com as travestis, a preocupação dos diversos etnógrafos, assim como Malinowski, Clifford Geertz, James Clifford.
GOIÂNIA
2014
1-Introdução:
A partir dos textos discutidos em sala, este texto possui a tentativa de correlacionar as questões teóricas acerca da autoridade discursiva do etnógrafo, com a obra de Don Kulick, que em seus diálogos nos transmite com riqueza de detalhes os gestos, as características do espaço, entre outros aspectos da vida das travestis, que possui problemáticas, que denunciam o preconceito, que exclui os que são considerados anormais, presente na cultura brasileira.
O desenvolvimento das praticas corporais, tem como marca a construção de uma identidade que se segue norteada por padrões de beleza, construção de gênero e sexualidade, direcionada pela diferenciação, questões socioeconômicas e a prostituição, meio encontrado por elas para suprir suas necessidades.
Ao entrar em contato com as travestis, Don Kulick durante um tempo por não compreender a língua, mas ao mesmo tempo se mostrou receptivo e de igual maneira elas também, estabelece um laço, uma aceitação que se encaminhou na ida de Don para o