Autoridade etnográfica
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CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998, p.17-62.
Monique Eulina Sena e Silva
Etnocentrismo e Relativismo Cultural
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde um próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. A visão etnocêntrica faz com que um grupo social privilegie seus valores, sua cultura, considerando este padrão para julgar as culturas diferentes, tornando-se essa visão preconceituosa, onde podem as pessoas pensar que existe culturas menos desenvolvidas e outras mais avançadas.
O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência pretensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdos deprimentes e imorais.
Pode-se entender o fato de que os indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características tais como o modo de agir, vestirem, caminharem, comer, falar, sendo o último uns dos mais evidentes na imediata observação empírico. O relativismo cultural sugere confirmar as diferenças culturais, não havendo hierarquia entre elas, por isso o relativismo se opõe ao etnocentrismo. É uma teoria que implica a ideia de que é preciso compreender a diversidade cultural e respeitá-la, reconhecendo que todo sistema cultural tem uma coerência interna própria. Originalmente, a concepção de relativismo cultural tinha seu uso relacionado a um princípio operacional, metodológico. Assim pensado, o relativismo