Resenha TextoSobre A Autoridade Etnogr Fica
2828 palavras
12 páginas
Sobre a autoridade etnográficaJames Clifford O dilema atual está associado a desintegração e a redistribuição do poder colonial nas décadas posteriores a 1950, e as repercussões das teorias culturais radicais dos anos 60 e 70. Após a reversão do olhar europeu em decorrência do movimento, da “negritude”, após a crise de consciência da antropologia, em relação ao status liberal. No contexto da ordem imperialista e agora que o ocidente, não pode mais se apresentar como o único provedor de conhecimentos antropológicos sobre o outro, tornou-se necessário imaginar um mundo de etnografia generalizadas, com a expansão da comunicação e da influencia intercultural, as pessoas interpretam os outros, e a si mesmas, numa desnorteante diversidade de idiomas, uma condição global, que Mikhail Dabakhtin (1953), chamou “heteroglocia”. Se a escrita etnográfica não pode escapar inteiramente do uso reducionista de dicotomias e essências, ela pode ao menos lutar conscientemente, para evitar representar “outros” abstratos e a-históricos, imagens são elaboradas a partir de relações históricas, específicas de dominação e diálogo. Recentemente tornou-se possível identificar e assumir uma certa distância em relação a essas convenções. A etnografia está do começo ao fim imersa na escrita. O processo é complicado pela ação de múltiplas subjetividades e constrangimentos políticos que estão acima do controle do escritor. Boas foi o pioneiro em fazer do trabalho de campo intensivo condições sine qua nom. De um discurso antropológico sério. Segundo o autor o estabelecimento da observação participante intensiva se dá com Malinowski e mais uma vez é delicada a situação a situação de autoridade, do etnógrafo- antropólogo “argonautas”, no entanto o estabelecimento da observação participante e intensiva, como uma norma profissional teve que esperar o Malinowski, pois esta geração intermediária de etnógrafos não vivia, em um só local por ano ou mais, denominando a língua