AUTOMEDICAÇÃO
Paracelso (1493-1541) já afirmava que, “a dose correta é que diferencia um veneno de um remédio”, portanto, uma dose acima da indicada, pode transformar um remédio em um tóxico perigoso.
A automedicação é um procedimento caracterizado fundamentalmente pela iniciativa de um doente, ou de seu responsável, em obter ou produzir e utilizar um produto que acredita lhe trazer benefícios no tratamento de doenças ou alívio de sintomas.
O aumento do número de medicamentos de venda livre tem crescido nos últimos tempos, assim como a disponibilidade desses medicamentos em estabelecimentos não farmacêuticos, favorecendo a automedicação. Vários medicamentos de uso mais simples e comuns estão disponíveis em farmácias, drogarias e supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de receita médica. Analgésicos, vitaminas descongestionantes nasais, antidiarréicos, laxantes, antiácidos e outros medicamentos, estão presentes na maioria dos lares e fazem parte do cotidiano das pessoas.
Existem diversas razões para as pessoas se automedicarem. O anúncio está muito difundido (“tomou doril a dor sumiu”), conferindo ao medicamento a imagem de “eficiência”. A dificuldade e o custo de se conseguir uma opinião médica, o desespero e a angústia desencadeados por sintomas ou pela possibilidade de se adquirir uma doença, tudo isso levando as pessoas a utilizarem o medicamento mais próximo e mais fácil.
A automedicação pode mascarar diagnósticos na fase inicial de uma doença e, o uso abusivo dos Antibióticos, por exemplo, pode facilitar o aparecimento de cepas de microorganismos resistentes. O consumidor não tem experiência e conhecimentos necessários para distinguir distúrbios e escolher o mais adequado entre os recursos terapêuticos disponíveis.