autismo
Kanner descreveu os casos de onze crianças que tinham em comum um isolamento extremo desde o início da vida e um anseio obsessivo pela preservação da rotina, denominando-as de "autistas". Em seu artigo sobre “Os transtornos autistas de contato afetivo”, Kanner (1943 apud Coll, Marchesi & Palacios, 2004) escreveu que “Desde 1938, chamaram-no a atenção várias crianças cujo quadro difere tanto e tão peculiarmente de qualquer outro tipo conhecido até o momento que cada caso merece – e espero que venha a receber com o tempo – uma consideração detalhada de suas peculiaridades fascinantes”.
Em 1942, Kanner (apud Assunpção Jr e Pimentel, 2013) descreveu sob o nome "distúrbios autísticos do contacto afetivo" um quadro caracterizado por autismo extremo, obsessividade, estereotipias e ecolalia. Esse conjunto de sinais foi por ele visualizado como uma doença específica relacionada a fenômenos da linha esquizofrênica, descrevendo assim o quadro como “psicose”. Kanner em 1943, ressalta que o sintoma fundamental, “o isolamento autístico”, estava presente na criança desde o início da vida sugerindo que se