autismo

4426 palavras 18 páginas
Introdução
No âmbito da unidade curricular «Educação Especial» o grupo propôs elaborar um trabalho referente à «Perturbação do Espetro de Autismo», com o intuito de conhecer os fatores etiológicos, compreender, de modo mais assertivo o processo de avaliação, bem como os critérios de classificação (diagnóstico) e modos de intervenção.
Do grego “autos” que significa “o próprio”, acrescido do sufixo “ismo” que remete para uma ideia de orientação ou estado, o substantivo autismo indica “latu sensu”, uma condição ou estado de alguém que apresenta tendência para o alheamento da realidade exterior, a par de uma atitude de permanente concentração em si próprio (M. Pereira & Serra, 2005).
As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) consistem num distúrbio severo do neuro-desenvolvimento e manifestam-se através de dificuldades muito específicas da comunicação e da interação associadas a dificuldades em utilizar a imaginação, em aceitar alterações de rotinas e à exibição de comportamentos estereotipados e restritos. Estas perturbações implicam um défice na flexibilidade de pensamento e uma especificidade no modo de aprender que comprometem, em particular, o contacto e a comunicação do indivíduo com o meio (Capucha et al., 2008).
Abordar esta temática implica falar de Leo Kanner, psiquiatra americano que em 1943 publicou um artigo: “Autistic disturbances of affective contact “ onde se pode ler uma descrição sobre crianças cujos comportamentos lhe pareciam ser diferentes de todos os outros até então destacados pela literatura científica internacional. Quase simultaneamente, em 1944, Hans Asperger publica também descrições detalhadas sobre crianças com comportamentos estranhos semelhantes aos descritos por Kanner, fazendo chegar a sua descrição à comunidade científica através de um artigo: ” Die Autistishen phychopathen im kindesalter”. Embora ambos estivessem a trabalhar sobre a mesma temática em países distintos, Kanner em Baltimore e Asperger em Viena, ambos

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