TRABALHO DE MOVIMENTOS SOCIAIS
ONG LGBT
Na década de 90 houve uma redefinição do papel do Estado no Brasil e consequentemente das suas relações com a sociedade. Em um contexto de crise econômica, o capital/Estado formulou uma reorganização que atingiu tanto as esferas de produção, como a esfera das relações sociais, dando o resultado de uma nova estrutura da economia e de produção e restabeleceu os mecanismos sociopolíticos e institucionais.
No novo contexto econômico/social que se instaurou o de neoliberalismo que defendia a liberação do mercado, a desregulamentação da economia e da administração e a configuração de um Estado mínimo para a sociedade e máximo para o capital, e grande oposição e critica aos sistemas de seguridade social. Deu uma direção para a rejeição dos compromissos do estado com a sociedade civil.
Segundo as reflexões de Alencar (p.3) o objetivo do Estado era “a necessidade de suprimir a intervenção do Estado na economia a fim de garantir e estimular a competição e o individualismo no mercado e, no âmbito do bem-estar social”.
Com esse processo em curso desde a década de 90 no Brasil é possível observar uma alteração considerável do Estado devido a sua diminuição na ação reguladora e no enxugamento de suas “funções legitimas”. De acordo com Alencar (p.6):
Em linhas gerais, portanto, desde o inicio da década de 1990, o Brasil passou a seguir o receituário neoliberal, promovendo a inserção da economia numa ordem globalizada, a privatização do Estado, a redução dos gastos sociais, desenvolvendo, em suma, políticas econômicas com impactos negativos sobre as condições estruturais da produção e do mercado de trabalho.
Neste novo cenário de redefinição do papel do Estado, é visível a transferência de uma boa parte da parcela de serviços sociais para a sociedade civil. Há um desresponsabilização tanto do Estado quanto do Capital com as respostas da “questão social” A partir disso se da um retrocesso a praticas tradicionais como,