auteridade
“A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos ‘evidente’. Aos poucos, notamos que o menor dos nossos comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem realmente nada de ‘natural’. Começamos, então, a nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós mesmos, a nos espiar. O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única.” (F. Laplantine, 2000:21)
Vivemos no século do descartável, do obsoleto, da “liquefação” das relações, da vulnerabilidade de mercados, e, como consequência, da vulnerabilidade do humano, que acaba sendo avaliado no contexto neoliberal como meio e não como fim em si mesmo.
Nesse contexto, as identidades multiplicam-se, ao mesmo tempo em que se fragmentam. O homem pós-moderno ao adquirir novas identidades, adquire também, mais um aspecto de diferenciação perante o “outro”. Sendo este é mais um desafio para o processo educacional.
Levar à reflexão o processo de alteridade em tempos pós-modernos a partir da visão educacional é refleti-la como objetivo do próprio processo educacional, como comenta Fleuri (2003):
A busca pela inserção da alteridade como objetivo educacional que presume uma convivência democrática e igualitária entre diferentes grupos, recebeu denominações plurais também nas diferentes partes do globo, tais como: no mundo anglo-saxão – educação multicultural; na Europa – pedagogia do acolhimento, educação para a diversidade, educação intercultural. (FLEURI, 2003, p. 497).
Valorizar a diversidade e as diferenças presentes em sala de