Austeridade
Em economia, a austeridade significa rigor no controle de gastos. Uma política de austeridade é requerida quando o nível do déficit público é considerado insustentável e é implementada através do corte de despesas.
Projetos de desenvolvimento e despesas sociais são frequentemente o alvo preferencial dos cortes de gastos. Em países como o Reino Unido, sob o governo de Margaret Thatcher, e o Canadá, no governo de Jean Chrétien, houve queda do padrão de vida da população no curto prazo, quando medidas de austeridade foram adotadas a fim de recuperar o equilíbrio fiscal.
Bancos privados ou instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), normalmente exigem a adoção de uma política econômica "austera", por parte dos países que pretendam refinanciar suas dívidas. Em geral, o governo do país deve comprometer-se a reduzir a despesa pública através da extinção (ou drástica redução) desubsídios e diminuição das despesas de custeio da administração, entre outras formas.
Exemplificando o uso da "austeridade" hoje em dia podemos usar o exemplo da Grécia, que está usando tais medidas para equilibrar seu défice econômico. Ainda, poderia começar a ser pensado o caso estaduniense na atualidade, cujo sistema de saúde público, que mal nasceu, já está sofrendo com as medidas de austeridade, em função do medo em relação ao Abismo Fiscal. As constantes elevações do teto da dívida norte-americana, da forma como foram tomadas (ou seja, sem a elevação da arrecadação de impostos via imposto de renda — entenda-se aqui como maior tributação para os ricos) necessariamente deverão ser seguidas por medidas de aperto dos gastos públicos (gastos com bem estar social, com funcionalismo público, com investimentos produtivos ou gastos intervencionistas para provocar dinamização da economia). No panorama atual, seja na Grécia ou mesmo nos Estados Unidos, sacrifica-se o bem estar (geral) social para salvar o bolso dos investidores e, consequentemente, da população.