Ausente de si mesmo

As vezes estamos acompanhados com pessoas ao nosso lado, mas nós não estamos em nós mesmos, é como se fôssemos espaços que não estão habitados por nós, somos territórios das vontades dos outros,das satisfações alheias, vivemos para satisfazer e corresponder as expectativas dos outros,vivo para prestar atenção no que falam de mim, o que acham de mim, aí percebemos que estamos vivendo para fora e esquecemos de viver para dentro, só é possível viver com qualidade para fora,aquele que soube cultivar sua intimidade.

Ser ausente de si mesmo é você não ter o cultivo diário daquilo que você é, comece a ter um auto-conhecimento e investir naquilo que você é, não permita que os outros decidam o que você vai ser na sua vida,as palavras dos que nos amam são importantes para descobrirmos caminhos e se realmente estas pessoas nos amam vão nos ajudar a encontrar um lugar no mundo. Devemos ter cuidado para não desejarmos que as pessoas que estejam próximas sejam forçadas a serem aquilo que não fomos, nem sempre o que é bom pra você pode ser bom pra o outro.

A partir do momento que nós começamos a permitir que o nosso território seja território do outro, você perde sua qualidade humana, ao nos cultivarmos nós descobrimos nossas aptidões e intensificamos as buscas para que as qualidades possam florescer, mas se nós descobrimos que somos territórios alugados para o outro perdemos o referencial de quem somos, cuidado, amar não é alugar o outro, não podemos dizer a partir de agora você é meu território, aluguei você, isso não pode existir, mas as vezes a gente fica alugado pelo outro, ele faz de mim o que ele quer, não se pode aceitar isso! É isto que gera solidão, quando você percebe que você é um território alugado. Como sei que estou assim? Quando nos tornamos espaços públicos onde as pessoas passam e jogam seu lixo e não voltam para cuidar,porque nós não temos placas que dizem proibido jogar lixo,proibido pisar na grama, proibido agredir,proibido usar e ir embora,nós