audiências
Os dois trechos exigem que o leitor tenha conhecimento a respeito do assunto a que se referem.
O primeiro trecho refere-se ao discurso proferido por Abraham Lincoln após a vitória decisiva na batalha de Gettysburg, onde as palavras ditas invocaram os princípios de igualdade entre todos os cidadãos americanos.
O segundo mostra a necessidade de fazer com que a justiça em nosso país seja menos morosa e torne-se mais objetiva, causando assim um grande benefício a todos os brasileiros.
Supremo blá-blá-blá editoriais@uol.com.br Abraham Lincoln levou pouco mais de dois minutos para pronunciar o discurso de Gettysburg (1863), às vezes considerado a maior peça de oratória em todos os tempos. Ninguém esperaria encontrar tamanho talento para a concisão no Supremo Tribunal Federal brasileiro, mas o contraste ressalta que falar muito não significa ter muito a dizer.
Os maus hábitos da linguagem empolada e da expressão prolixa continuam a prosperar no Judiciário; no Supremo, ainda mais em julgamento momentoso como o do mensalão, chegam ao apogeu. Nem mesmo certas vulgaridades, salpicadas por alguns dos advogados da defesa, alteraram a sensação do leigo de assistir a um espetáculo obscuro e bizantino.
Não há dúvida de que a Justiça deve examinar cada aspecto com cuidado, nem de que muitos aspectos são alvo de controvérsia. Ainda assim, será necessária tamanha verbosidade, reflexo, aliás, da extensão interminável dos autos, a versão escrita de cada processo?
Seria incalculável o