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O psicólogo já como cargo reconhecido nas unidades de saúde desde 1985 - passa a integrar as equipes de saúde. A inserção do psicólogo nas equipes de saúde é decorrente dos esforços de dois movimentos no campo da saúde: a Reforma Sanitária e a Reforma Psiquiátrica. Estes movimentos buscavam uma mudança na perspectiva de assistência à saúde, saindo de uma lógica curativa e individual e indo para referenciais pautados em uma visão de saúde mais coletiva. Além dos movimentos citados houve também as reivindicações do CFP e dos Conselhos Regionais de psicologia para a criação do cargo de psicólogo na saúde pública, cuja implantação vai acontecendo em tempos diferentes de estado para estado e região.
O psicólogo passou a atuar em basicamente quatro áreas: clínica, escolar, magistério e trabalho. Devido às pressões do mercado de trabalho, os profissionais buscaram outros campos de atuação; dentre eles, o campo de assistência pública à saúde, onde se observa um aumento de profissionais, a partir do final da década de 70 (Dimenstein, 1998). Segundo a autora, nesse período, o campo da saúde pública, sobretudo a saúde mental, configurou-se como um grande polo de absorção de psicólogos.
Porém, as dificuldades para a atuação profissional não se restringem somente a esses aspectos. O ponto mais significativo, do qual decorrem os demais obstáculos, e que será discutido neste trabalho, é a inadequação da formação acadêmica para trabalhar na Saúde Pública. Os psicólogos ainda são formados, predominantemente, dentro de uma proposta de clínica tradicional, dentro de uma formação clássica, que os deixa sem ferramentas teóricas, técnicas e críticas para atuar no SUS. A Psicologia voltou-se apenas para atendimentos individuais em consultórios particulares, onde os tratamentos são prolongados e de alto custo, atendendo somente as classes mais favorecidas.
Esse modelo de atuação do psicólogo vem sendo retroalimentado pelas Graduações de Psicologia.