Atrativos vegetais controlam populações de diabrotica speciosa
Manejo de Diabrotica speciosa com atrativos naturais em horta orgânica1
João José Stüpp2; Mari Inês C Boff3; Paulo Antonio de S Gonçalves4
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Escola Agrotécnica Federal de Rio do Sul, C. Postal 441, 89160-000 Rio do Sul-SC; 3UDESC-CAV/, C. Postal 281, 88520-000 LagesSC; 4Epagri-Est. Exp. de Ituporanga, C. Postal 121, 88400-000 Ituporanga-SC; E-mail: pasg@epagri.rct-sc.br; a8jjs@cav.udesc.br; a2micb@cav.udesc.br
RESUMO
O controle de insetos associados ao cultivo de hortaliças é predominantemente realizado através de pesticidas sintéticos. Entretanto, os riscos do uso indiscriminado dos pesticidas sobre a saúde humana e o meio ambiente deve ser considerado. O objetivo deste trabalho foi estudar a eficácia de atrativos naturais no controle da vaquinha Diabrotica speciosa (Germar) (Coleoptera: Chrysomelidae), uma praga de importância econômica na América Latina. Os seguintes tratamentos foram testados: raiz de taiuiá (Cayaponia sp), frutos verdes de porongo/cuia (Lagenaria sp), extrato de folhas de couve-chinesa (Brassica pekinensis), fermentado de frutas, vinagre tinto e água como testemunha. O delineamento foi inteiramente ao acaso, com seis repetições. Os preparados foram acondicionados em armadilhas com garrafas PET de 2.000 ml, com oito aberturas laterais e distribuídas aleatoriamente na área experimental. Frutos verdes de porongo apresentaram captura de adultos de D. speciosa 5,4 vezes maior que raízes de taiuiá e as raízes de taiuiá capturaram 19,7 vezes mais adultos do que a testemunha. Ambas as iscas foram acondicionadas na forma sólida, suspensas internamente na garrafa PET. A menor atratividade foi apresentada pelo extrato aquoso de couve-chinesa, que não diferiu da testemunha. Independentemente do atrativo utilizado, o pico populacional da D. speciosa ocorreu nos meses de fevereiro e março.