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08 Pragas da Soja
Paulo E. Degrande1
Lucia M. Vivan2
8.1. Introdução
Medidas que devem ser adotadas para o controle eficiente das pragas na cultura da soja:
- Amostre regular e sistematicamente a cultura da soja para identificar as pragas;
- Adote medidas de controle somente onde as pragas estejam em condições que ameacem a rentabilidade através do dano econômico; e
- Quando o controle é necessário, aplique a menor quantidade efetiva de pesticida usando um equipamento corretamente calibrado.
A cultura da soja está sujeita ao ataque de pragas desde a germinação até a colheita. Neste texto, são apresentadas como pragas as espécies de insetos, ácaros ou outros organismos que, pela sua ocorrência, causam danos econômicos significativos à cultura e, conseqüentemente, diminuem o rendimento ou a qualidade do produto final.
Como um único indivíduo, isoladamente, pode não produzir danos que compensem sua eliminação da lavoura, não é então considerado praga. Portanto, o termo praga depende da densidade populacional do organismo em questão.
Basicamente, por ocasião da amostragem semanal da lavoura ou da vistoria da palhada, resteva, invasoras ou área antes da dessecação, devem ser avaliados 10 pontos de amostragem (1 m2 cada) para cada 100 hectares. As pragas de solo que exigem cuidado no início da safra são a lagarta-rosca, a lagarta elasmo, os
“cascudinhos”, o percevejo-castanho-da-raiz, os corós, a cochonilha rosada e o piolho-de-cobra. Enquanto outras pragas, como a lagarta da soja, a lagarta falsa-medideira, a lagarta enroladeira, a lagarta cabeça-de-fósforo, as vaquinhas, os cascudinhos metálicos, as lesmas, o “bicudinho”, o grilo e o gafanhoto, dentre outras, podem causar desfolha ao longo do desenvolvimento da cultura. Alguns insetos podem danificar brotações, hastes ou ponteiros da planta, como por exemplo, a broca-das-axilas e o tamanduá-da-soja. Também podem ocorrer pragas que danificam as