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Hobsbawm procura basear sua análise nas produções bibliográficas que remontam ao fim do século XVIII (principalmente pelos cronistas do próprio período da revolução, como Guizot, Michelet, Tocqueville, Burke etc.), o século XIX (caracterizado em grande parte por uma literatura que buscou louvar os feitos da burguesia francesa, ao lado da literatura marxista, claramente inspirada nos eventos de 1789) e o século XX (cujas leituras variam desde o seu mais subversivo apelo, como nos atores da Revolução Russa; como também num revisionismo recalcitrante dado a extremismos).
Muito da imagem que nos chega da Revolução Francesa, através dos livros didáticos ou do “senso comum”, de filmes, documentários, obras literárias e memória socialmente construída, está diretamente influenciada por essas tradições ideológicas e políticas que procuraram tornar sua narrativa sobre a História a correta. Vale lembrar que tanto do ponto de vista da burguesia como do dos setores populares, a Revolução Francesa representou um evento-chave para compreender como seria a arena política e os principais grupos que nela se digladiariam, seja no século XIX, seja no século XX.
Se o século XIX viu a ascensão de muitos grupos burgueses em muitos países, isso buscou ser consagrado na visão