assedio sexual
O assédio sexual no ambiente de trabalho é uma das muitas violências que a mulher sofre no seu dia-a-dia. Foi a maior participação feminina no mercado de trabalho, convivendo com o sexo oposto no mesmo ambiente por longas jornadas, bem como a luta pelos direitos civis, que deu maior visibilidade a essa questão. O assédio sexual no trabalho passou a ser encarado como uma forma de discriminação inaceitável contra as mulheres. Esta prática acontece quando o assediador, geralmente em condição hierárquica superior, começa a constranger colegas de trabalho através de insinuações, contatos físicos forçados, convites impertinentes, a fim de obter vantagens sexuais. Embora a maioria das vítimas sejam mulheres assediadas por homens, podem ocorrer também de mulheres em relação a homens ou entre pessoas do mesmo sexo. De acordo com fontes de informação nacionais, o assédio sexual é um fenômeno mais frequente do que nós imaginamos. Segundo levantamento feito pelo site Trabalhando.com, 32% das mulheres entrevistadas já foram vítimas de algum tipo de assédio sexual. Do total de pessoas que afirmaram sofrer assédio sexual, 20% são homens. Outro exemplo disso é o artigo publicado pelo Diário de Notícias de 26 de Outubro de 2008. No ano passado, a Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME) acompanhou mais de 300 processos disciplinares por assédio sexual. Um número que para o especialista Fausto Leite está muito longe da realidade: "Calcula-se que em cada dez trabalhadoras há quatro assediadas." Mas a grande maioria das vítimas esconde o drama. "Temos muito, muito poucas denúncias. Era importante que nos fizessem chegar [as queixas], que tivessem essa coragem, porque são situações que acontecem com cada vez mais frequência", alerta o inspetor-geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho Para ser considerado assédio sexual, não é necessário contato físico, a intenção do