Aspectos Microbiológicos da Cárie
Por muitos anos, a cárie fora relacionada às bactérias por cientistas que pesquisavam essa doença. O início das pesquisas mais intensificadas sobre a cárie começou em 1890 com os estudos de Miller, foi através de seus estudos fora descoberto o que sabemos hoje sobre a cárie. Em 1989, um cientista identificou o que denominados atualmente por placa bacteriana. Por meio da placa bacteriana, descobriram-se os estreptococos envolvidos na degradação da superfície dental, mais precisamente os Streptococcus mutans. A constatação comprovada da relação bactéria e cárie ocorreu após testes em ratos pelo uso de penicilinas.
A degradação da superfície dental só ocorre na presença de microrganismos. Existe uma forte relação entre o desenvolvimento da cárie e a dieta. Diversas bactérias utilizam açúcares presentes na dieta (sacarose, glicose, frutose e lactose) para seu metabolismo energético. Durante o metabolismo, ocorre a fermentação dos carboidratos produzindo ácidos, o pH ácido causa sub saturação do cálcio e do fosfato na fase fluida ao redor do dente, ocasionando o processo de desmineralização dos tecidos dentais. Apenas em 1960 foi observado a característica infectocontagiosa da cárie através de pesquisas com hamsters, em que hamsters não possuidores do estreptococos causadores de cáries em contato com aqueles possuidores contraiam a doença. Indícios mostram que o primeiro contato das crianças com a cárie ocorre através da mãe. Pesquisas mostraram que mães com alto nível de S. mutans tem mais chances de infectar filhos do que mães com baixos níveis. A relação mãe e filho na infecção também fora notada nas relações pai-filho e irmão-irmão.
Os Lactobacilos muitas vezes associados à instalação da cárie nos dentes, foi comprovado como causador da