artigo carie
DA CÁRIE DENTAL
1Doutorando em Dentística pela
Universidade Federal de
Pelotas, RS - Faculdade de
Odontologia de Pelotas.
1
Antonio Cesar Bortowiski Rosa Leites
2
Márcia Bueno Pinto
2Doutora e Mestre em
Endodontia pela Universidade
Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de
Piracicaba.
3Doutora em Materiais
Dentários pela Universidade
Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de
Piracicaba,
Recebido em: 20/12/2004
Aceito em: 30/10/2005
Ezilmara Rolim de Sousa
3
RESUMO
A cárie é uma doença infecto-contagiosa, de caráter crônico e multifatorial. Sabe-se da indispensabilidade de microrganismos na superfície dental para que tenhamos o desenvolvimento da doença cárie, porém só a presença deles não é o bastante. Fatores como higiene, hábitos alimentares, colonização bacteriana, composição da saliva, entre outros, influenciam o metabolismo das bactérias sobre os dentes, modulando a atividade da cárie. Até a década de
60, os Lactobacilos eram tidos como os principais agentes etiológicos. Entretanto, quando mais informações sobre a composição microbiana do biofilme foram obtidas, observou-se que os
Lactobacilos constituem apenas uma pequena fração de sua composição. Atualmente sabe-se que esses microrganismos são mais uma conseqüência do que causa do processo de iniciação da doença. O
S. mutans, após sua redescoberta em 1960 por Fitzgerald e Keyes, tem sido, conforme relata a literatura, apontado como a principal bactéria em relação à etiologia da cárie. Entre as espécies incluídas nos Estreptococos do Grupo Mutans (EGM), o S. mutans e S. sobrinus apresentam potencial cariogênico em humanos. Os trabalhos indicam a diversidade de microrganismos que habitam a superfície
239
dentária, existindo no mínimo quatro diferentes tipos de cáries. Este artigo tem por objetivo, fazer uma revisão sobre os principais aspectos microbiológicos envolvidos com a cárie dental.
PALAVRAS-CHAVE: cárie dental; microbiologia; S. mutans
ABSTRACT