Aspectos essenciais da instituição kula
Por:Mario Jaymowich | bandazazu@yahoo.com.br
O kula é uma forma de comércio entre sociedades tribais praticada em um extenso largo de ilhas, tomamos como exemplo o circuito fechado da Nova Guiné, seguindo dois circuitos os “longos colares de conchas vermelhas” os “soulava” segue em sentido horário, e no sentido oposto os “braceletes de conchas brancas” os “mwaii”, regidos por um conjunto de regras estabelecidas pelos comerciantes muitas vezes ligados a rituais mágicos e cerimônias publicas.
A troca cerimonial dos artigos se da pela coletividade ninguém permanece com o artigo ele sempre é trocado entre os indivíduos participantes do kula, “uma vez kula sempre kula” a fidelidade entre os participantes abre um leque de possibilidades para outros câmbios e assim acaba por expandir o comercio e as relações entre estes nativos, tornando o kula uma instituição complexa, mas não compreendida por seus participantes como uma instituição de “intercambio cultural”, é papel do etnógrafo relacionar todos os detalhes observados a parti das atividades cotidianas e construir um panorama da instituição na perspectiva dos nativos.
O kula se relaciona com a “troca de bens e riquezas” constituindo uma instituição econômica do modo de vida primitivo, o kula se contradiz a outras formas de comercio primitivo no aspecto religioso, no kula existe uma tradição e todo um simbolismo religioso para justificar as trocas, com uma sistematicidade de datas, locais e deveres mútuos, na maioria das vezes o objeto de escambo aparentemente não tem nenhuma função pratica, mas é impressionante o quanto é intrínseco a troca desses artigos.Tanto os braceletes quanto os colares são muitos cobiçados entre os povos da costa da Nova Guiné, usados como ornamentos na maioria das vezes em festa ou comemorações importantes, com ou sem cunho religioso estes objetos são usado com freqüência entre os adeptos ou não da instituição kula, as