Argonautas do pacífico
Os argonautas do pacífico ocidental
Os Argonautas do Pacífico torna-se importante pelo fato de apresentar uma nova visão de homem e uma nova maneira de compreender o comportamento humano. Com esta obra, desfaz-se a visão das sociedades tribais como fosseis vivos do passado do homem, equivalentes humanos das peças de museu. Os costumes e crenças de um povo exótico adquirem agora plenitude de significado e o comportamento nativo aparece como ação coerente e integrada. Com os métodos de Malinowski a etnografia adquiri a capacidade de reconstruir e transmitir uma experiência de vida diversa da nossa, mas nem por isso menos rica, ou menos humana. Essa inovação é produto de novas técnicas de investigação e novos métodos de interpretação. Dentro desse método observa-se a singular mistura de objetividade científica e vivência pessoal. O início da carreira de Malinowski coincide com um período de grande efervescência na antropologia, caracterizado por novas técnicas de pesquisas e pela crítica aos métodos de interpretação vigentes. Até o final do século XIX a grande maioria dos antropólogos jamais sequer havia visto um representante dos chamados povos primitivos sobre os quais escreviam. Seus trabalhos baseavam-se em material histórico e arqueológico sobre as civilizações clássicas e orientais e em informações sobre sociedades tribais contidas em relatos de viajantes, colonos, missionários e funcionários dos governos coloniais. Havia, é claro, algumas exceções como Morgan na América, Cushing e Boas. No final do século XIX algumas investigações são desenvolvidas na Europa:
- Spencer e Gillen pesquisam os aborígenas australianos demonstrando as grandes potencialidades do trabalho de campo e a importância das informações obtidas por meio de observações diretas.
Essa obra influenciou três grandes trabalhos:
- As formas elementares da vida religiosa – Durkheim (1856-1939);
- Totem e Tabu – Freud (1856- 1939);
- A família