Aspectos comerciais das Frutas e Hortaliças
HORTALIÇAS E FRUTAS (Hélio Keichi Mori)
1. INTRODUÇÃO
O abastecimento de Hortaliças e Frutas sofreu sensíveis alterações ao longo do tempo, decorrentes da evolução da sociedade nos hábitos de consumo, níveis de renda e padrões de exigência do consumidor. Estas mudanças, refletem também a evolução da economia e da performance do setor público no sistema viário, infraestrutura para produção, armazenagem e comercialização. As Hortaliças e Frutas caracterizam-se por serem muito perecíveis e grande oscilação de preços. Regidos pela lei oferta e procura, as Hortaliças e Frutas sofrem oscilações diárias e até mesmo em algumas horas. Estas oscilações são grandes, podendo chegar a menos da metade, ou mesmo não conseguem ser comercializados.
2) CONSIDERAÇÕES GERAIS
O fluxo das Hortaliças e Frutas inicia-se na produção, concentrada nos mercados do interior. A comercialização distribui-se por diversos canais, organizando-se, num primeiro nível, na própria região produtora (mercados locais). Num segundo nível, organizam-se os mercados atacadistas regionais e nos grandes centros de consumo, os mercados atacadistas terminais. A partir daí, participam os demais segmentos, tais como as feiras-livres, os supermercados, as quitandas, etc ... No Brasil até a década de 60, as feiras-livres, as quitandas, os vendedores ambulantes e as mercearias/empórios eram os principais canais de distribuição de Hortaliças e Frutas ao consumidor. A preferência pela feira-livre, segundo a referida pesquisa, baseava-se na imagem de que, na feira, os produtos eram mais baratos e mais frescos. A instalação da indústria automobilística no Brasil, em meados da década de 60, contribuiu para a implantação dos supermercados, facilitando o deslocamento dos consumidores. Na década de 70, eles aumentaram a sua participação no mercado, através da instalação de novas lojas. Na década de 80, os supermercados prosseguiram sua