Ascensão do romance
RESENHA:A ASCENSÃO DO ROMANCE
Trabalho apresentado à disciplina de Tópicos Esp. de História Contemporânea, ministrada pela professora Ana Maria Burmester, do VII Curso de Especialização em Literatura Brasileira e História Nacional.
Aluna: Marcela de Lima de Alencar.
CURITIBA, 2011.
A leitura do primeiro capítulo “O Realismo e a Forma Romance” do livro intitulado “A ascensão do Romance” de Ian Watt considera “que o surgimento dos três primeiros romancistas ingleses na mesma geração provavelmente não foi mero acidente e que seu gênio só poderia ter criado a nova forma se as condições da época fossem favoráveis” as obras literárias acompanham o crescimento e as mutações sociais, emerge das epopéias, e imerge no desenvolvimento da civilização e nas transformações sofridas e exercidas pelo homem no decorrer da história. Por intermédio de uma explanação baseada em estudos filosóficos é possível compreender que o gênero aqui abordado é uma visão da realidade, as obras trazem hipóteses do que pode acontecer e esse é o fator mais importante que o difere das obras anteriores, ou seja, “procura retratar todo tipo de experiência humana e não só as que se prestam a determinada perspectiva literária: seu realismo não está na espécie de vida apresentada, e sim na maneira como a apresenta”. O pensamento realista leva em consideração as individualidades e dá importância ao emprego da linguagem que realiza a conexão entre palavras e realidade, “assim como o indivíduo analisa sua vida para compreender o todo, a literatura também passa pelo mesmo processo”. A reflexão sobre as condições sociais no século XVIII propagam-se claramente no que diz respeito a origem do romance, na sua forma e conteúdo, as relações estabelecidas entre a realidade e a ficção no que diz respeito a estrutura do cenário, do tempo, os nomes dos personagens e os enredos